História – O que está
acontecendo agora?
Nessa nova “fase” do curso de
História do Primeiro Ano do Ensino Médio o Blog Apologia da História é um
convite a leitura do momento que vivemos. Muitos se questionam qual seria o
papel da História na sociedade uma vez que o passado seria um amplo universo
sem condições de reconstituir. O livro Apologia
da História ou o Ofício do Historiador do francês Marc Bloch é uma leitura
provocante para jovens de diversas idades que desejem compreender os fatos
históricos de uma forma crítica. O exercício da dúvida é um método que estimula
o desenvolvimento de uma opinião livre do senso comum que muitos instrumentos
de comunicação buscam veicular.
A História deve problematizar a
sociedade em que vivemos. Ela é uma forma da humanidade viver e ter opinião
sobre o momento atual. Então, qual seria o papel do passado? Ele é “mutável”,
pois sempre é reinterpretado para explicar ações e posturas adotadas em nosso
dia a dia. O que está acontecendo agora? É a pergunta que deve motivar um
curioso do passado. Olhamos o passado com “lentes” dos dias atuais, portanto
tendemos a fazer comparações que ilustram nossas observações.
Não é um exercício simples, pois
não desejavam esse caminho para a História na passagem do século XIX para o XX.
Ela nasceu para defender os interesses das grandes personagens da política. Ela
nasceu para fazer a narração dos vencedores. Contudo, aos poucos, alguns
descontentes passaram a fazer da História um campo de competição de opiniões
diversificadas e surgem os rostos dos pobres. Os vencidos podem ser observados
nas narrativas da História Crítica para contribuir na participação de todos no
que chamamos de democratização da sociedade.
Os textos abordados nas próximas
postagens pretendem estimular uma leitura sobre a América no contexto do
capitalismo. Somos americanos, mas não nos acostumamos com essa definição. Essa
identidade “indigesta” para alguns militantes dos movimentos sociais foi
formada ao longo da nossa incorporação ao processo de formação do capitalismo
através da colonização. A chegada das caravelas de Cristóvão Colombo ao que foi
chamado de Novo Mundo no século XV impôs uma nova correlação na divisão
internacional do trabalho no mundo. Nos dias atuais, a instabilidade econômica
da União Européia traz de volta o interesse desse momento, pois os Estados
Nacionais europeus foram a antigas metrópoles de cinco séculos atrás. Ironia do
mundo capitalista é testemunharmos hoje que do Oriente, o qual foi desejado
como fonte de especiarias da Europa, pode vir a ajuda financeira sob novas
condições para o desenvolvimento do capitalismo. Enquanto isso, estamos aqui na
Zona Oeste carioca e não estamos distantes desse mundo o que aumenta nossa
responsabilidade com as mudanças democráticas.
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